Como disse no post anterior, faz tempo que não escrevo sobre cinema aqui; e curiosamente o último filme que parei para escrever sobre era justamente o último filme do Woody Allen, “O Homem Irracional”.
Mas por incrível que pareça, Café Society, marca uma pequena distância de Woody Allen para com seus últimos filmes. De uns tempos para cá, desde sua temporada filmando na Europa, os filmes de Allen davam a sensação de serem rodados rapidamente, utilizando o mesmo método de histórias de amor simples, de produção ágil e pequena, mas nem por isso, deixavam de ser encantadoras. Café Society, no entanto, tem a pompa de uma grande produção. Um filme altamente elaborado em todos os seus aspectos, desde uma direção de fotografia inovadora, uma luz cujo o protagonismo adquirido é visto apenas raramente em seus filmes anteriores, assim como na direção de arte — cuja evidência, o mesmo protagonismo da luz, salta aos olhos quando comparada com descrição ou sutiliza que estes elementos eram tratados em seus filmes anteriores. Poucas vezes vimos um Woody Allen tão sofisticado esteticamente como em Café Society.
Não vou me ater em analisar o enredo da história. Assim como faço com os livros sobre os quais escrevo aqui no blog, minha análise é centrada apenas no escopo geral da obra e na análise de sua forma. Para ser sincero, acho análise de enredo meio chato de se fazer. Sei que muitos de vocês querem saber o que acontece no filme, mas tenho certeza que irá encontrar em outros blogs 😉